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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Glenn Hughes - Soul Mover

Este foi mais um grande lançamento de Glenn Hughes, a voz do rock. Lançado entre janeiro e março de 2005, dez anos atrás, "Soul Mover" é um disco que faz parte de uma grande sequência de álbuns de Glenn, uma década altamente produtiva para ele e que estamos cobrindo em mais detalhes. Confira também o post sobre o álbum anterior de Hughes, "Songs In The Key Of Rock".

Neste disco, Glenn Hughes novamente conta com a parceria do guitarrista J.J. Marsh, parceiro de longa data. As baquetas saem das mãos de Gary Ferguson, outro parceiro de longa data, e quem assume é Chad Smith (Red Hot Chili Peppers, Chickenfoot). Chad também coproduz o álbum. Completam o time de músicos que gravaram este disco o tecladista Ed Roth e os guitarristas Dave Navarro (Jane's Addiction) e John Frusciante (Red Hot Chili Peppers), estes dois últimos participando em uma canção cada um.

Enquanto o álbum anterior gritava a plenos pulmões sua identidade hard rock, este disco já traz uma mescla muito maior de influências de Glenn: tem, sim, o hard rock tradicional e sempre presente nos discos de Hughes; porém, temos também deliciosos flertes com o funk (não confundir com o limitado estilo dos morros cariocas) e o soul, estilos onde o vocalista sempre passeou com desenvoltura e qualidade. Glenn Hughes estava altamente inspirado, tanto nos vocais quanto nas linhas de baixo. Chad Smith acompanha bem o baixo de Glenn, e o guitarrista J.J. Marsh mostra a eficiência habitual, com bons riffs e solos. As composições (na maioria uma parceria entre Hughes e Marsh) são centradas, encorpadas e mesclam as influências rock, funk e soul numa gostosa e prazerosa salada musical.

Foto de Glenn, Chad Smith e Dave Navarro, tirada enquanto gravavam o vídeo para a faixa-título do álbum. Foto tirada do site de Glenn Hughes
A influência funk se mostra mais latente em canções como a faixa-título, que abre o disco nos remetendo aos melhores momentos de bandas como Red Hot Chili Peppers ou Audioslave, por exemplo (talvez a presença de Chad Smith e Dave Navarro na faixa justifiquem um pouco). "She Moves Ghostly" e "Dark Star" também trazem o suingue do funk mais evidente, sem abandonar a levada rock, constante em todo o álbum. Em outras canções, como "Orion" e "Change Yourself", as influências são equilibradas e não tão evidentes; se você prestar mais atenção, vai ver passagens mais lentas casadas a trechos mais roqueiros, com aqueles vocais bem soul que só Glenn sabe fazer com tanto talento. E em alguns momentos, temos canções mais tradicionais, lindas composições que exploram tradições musicais dos anos 70 como o estilo luz e sombra na canção "Let It Go", a levada a la Santana em "Isolation", ou a força da canção que encerra o disco, "Don't Let Me Bleed". Uma hora de música de primeira qualidade que está completando uma década de existência e merece ser relembrada e saudada com a devida reverência.

Após seu lançamento, o disco se tornou o mais vendido da carreira solo do cantor. Até ser superado pelo lançamento do ano seguinte, "Music For The Divine", de 2006 (fonte: Wikipedia). Sobre este álbum, entretanto, a gente fala em outro post...

Relação de músicas:
1 - "Soul Mover"
2 - "She Moves Ghostly"
3 - "High Road"
4 - "Orion"
5 - "Change Yourself"
6 - "Let It Go"
7 - "Dark Star"
8 - "Isolation"
9 - "Land Of The Livin' (Wonderland)"
10 - "Miss Little Insane"
11 - "Last Mistake"
12 - "Don't Let Me Bleed"

Alguns vídeos:
"Soul Mover":


"Let It Go":


"Isolation":


Um abraço rock and roll e até a próxima resenha!!

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