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sexta-feira, 30 de março de 2012

Roger Waters - The Wall no Engenhão - como foi o show

Uma grande noite. Um grande show. Uma ópera rock executada em sua íntegra e em toda a sua plenitude. Quando eu era moleque, e escutava esse clássico em vinil ou em fita cassete, nunca poderia imaginar que um dia, estaria diante de um palco fantástico como este, um muro que virou telão, passando todas aquelas imagens que o filme já eternizou. Músicos de primeiro quilate executando nota sobre nota, perfeitamente, todas aquelas lindas músicas que tanto adoro. Foi um sonho transformado em realidade, ali, no subúrbio carioca. Quem diria...(veja também este outro post sobre o show)

Logo na abertura do show, com "In The Flesh", temos efeitos incríveis, com explosões e o avião atravessando todo o Engenhão para se "espatifar" no palco. "The Thin Ice" nos apresenta o bom cantor Robbie Wyckoff, que fez as vozes que originalmente David Gilmour faria. Mandou muito bem, mas eu prefiro o Gilmour, claro... A sequência com as duas primeiras partes de "Another Brick In The Wall" intercaladas com "The Happiest Days Of Our Lives" é a minha preferida e ficou excelente ao vivo. O bonecão do professor e as crianças da Rocinha completaram o espetáculo. Aos poucos, o muro vai sendo construído, conforme os clássicos vão desfilando e sendo tocados, a linda "Mother" e "Goodbye Blue Sky" com as animações feitas para o filme sendo projetadas no muro que virou telão. "Young Lust" e as projeções de belas mulheres ao refrão de "I need a dirty woman" também  animaram bem a plateia. Fim da primeira parte, muro fechadinho e intervalo pra descanso que ninguém é de ferro. Mesmo assim, escutei muitos "ahhhhh..." de lamento. Acho que o pessoal queria que fosse direto, sem intervalo...
O porco inflável que surge em "Run Like Hell"
A segunda parte se inicia ao som do grande clássico "Hey You" e o muro totalmente fechado - não se vê nenhum músico. Na canção "Nobody Home", uma brecha se abre e vemos Roger sentado em um sofá. Mais algumas canções e talvez o ponto mais alto do show, com a incrível e linda canção "Comfortably Numb" - Waters canta a primeira parte e passa a bola para Wyckoff cantar lá de cima; o guitarrista Dave Kilminster também aparece lá em cima para os lindos solos que Gilmour toca originalmente. Outro grande momento é a transformação para o líder nazista em "In The Flesh". "Run Like Hell" é dedicada aos paranóicos presentes e o show começa a chegar a seu fim. Não sem antes uma grande animação projetada no muro em "The Trial", que culmina com o ápice do show - os gritos de "tear down the wall" e o muro vem abaixo. Ainda há uma última canção, "Outside The Wall", onde todos os músicos, alinhados, tocam com instrumentos acústicos. Waters apresenta os músicos, e o show acaba com o público completamente extasiado.
O final do show com os músicos alinhados para tocar "Outside The Wall"
Pra quem não foi, não há consolo: é muito pouco provável que exista outra turnê parecida. Compre uma passagem para os EUA e tente assistir lá, pois é pra lá que a turnê vai. Assista aos diversos vídeos gravados que foram despejados no Youtube, e torça que Waters lance um DVD deste show (seria bom, pra eternizar esta turnê). Fora isto, quem não foi perdeu a grande chance, que não deve acontecer mais...

Até o próximo post. Deixe suas impressões sobre o show nos comentários!!

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